sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Não posso dizer que "Sou uma mulher madura que às vezes brinca de balanço"
e muito menos que "Sou uma criança insegura, que às vezes anda de salto alto".
Mas, sem medo, sei que posso afimar que sou uma menina que sempre brinca de balanço.
Quando este está no alto, eu me sinto forte, livre e confiante - e é nesse momento onde
tomo as decisões mais difíceis e soluciono as dúvidas mais conflitantes.
Quando está embaixo, pertinho do chão e seu movimento já não tem mais a mesma força,
é quando eu preciso que alguém, talvez maior e mais forte, me dê o impulso necessário pra que eu possa voltar lá pra cima - ou até mesmo alguém como eu, que me mantenha onde estou.. só não me deixe parar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Me pego pensando se árvores realmente são aquilo que aparentam.
Rígidas, fortes e estáticas.
Será que elas sentem dor? E o vento, será que as refresca?
Como eu não estava aqui no princípio para dizer com certeza se sim ou se não, gosto de me deixar imaginar que talvez, antes de árvores serem árvores, elas eram flores. Bem delicadas, mas não como rosas (rosas tendem a ser usadas para manipular as situações).. talvez uma flor mais sincera, como a tulipa ou a margarida.
E que, por tanto descaso alheio resultado em tropeço, elas resolveram mudar.

Será?

domingo, 1 de novembro de 2009

As bailarinas sempre ganham músicas
e as que não sabem dançar, o que ganham?

Contanto que seja ímpar, por mim tudo bem.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Não sei o que está acontecendo.
As brincadeiras acabaram, as risadas também e agora as conversas têm pés e cabeças, mas insistem em ficar paradas. Ânsia por mudança ou pelo por vir; nada se sabe, nada parece sair do lugar.
As palavras parecem engatinhar à espera do momento certo pelo primeiro passo. Cuidado pra não cair! Vontade de ter de volta o poder de transformar tardes chatas de quartas-feiras em ótimos dias de quinta.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ouvi dizer que os culpados pelas borboletas no estômago, pelo frio nas mãos e pensamentos - ainda que aleatórios - numa só direção, são os feromônios, a dopamina e o cérebro. Ainda assim, todos insistem em condenar o coração!
Ao saber disso, constatei: Algo que funciona de forma tão involuntária, sem qualquer sombra de querer, não pode ser responsável por algo tão grandioso.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009


Costumo fazer isso sem citar nomes ou deixar tão explícito ao destinatário. Mas hoje, exclusivamente, eu quero falar para e sobre uma amiga:
Tem manias estranhas e tiques -por ela- impercepitíveis. Não gosta dos carinhos óbvios, mas sim de beijinhos no braço (desde que não demorados, senão o braço pesa), abraço na cabeça. Normalmente, anda de um jeito desengonçado e, ainda assim, trabalha como modelo. Imagino que ela não seja com todos da forma que eu conheço, o que é uma pena pra quem não a conhece assim. Conversas sérias com ela são possíveis, sim, mas quando isso é percebido, imediatamente se torna estranho. Ela é uma pessoa de risos. Daqueles bem cheio, de apertar os olhos e a barriga doer. Gosto disso, do extremo, ainda mais se tratando de sorrisos. Me faz bem e desvia meus pensamentos das coisas aparentemente preocupantes, o que acaba me fazendo preocupar com ela. Te engana perfeitamente através de fotografias, umas com cara chata, outras de metida, talvez seja a forma que encontrou pra se proteger, afinal, não gosta de pessoas efusivas ao extremo, ainda mais se for um "semi-conhecido".
Deixando o egoísmo de lado, eu digo: Todo mundo deveria ter uma Isabela na vida.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

É realmente uma pena que a minha falta de medo de baratas não me transforme numa pessoa corajosa.
Eu só sou uma pessoa que não tem medo de baratas...
com medo de muitas outras coisas.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo."

(Thiago de Mello)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Muitas vezes fui enganada pelo tempo e levada a acreditar que o tempo tinha passado muito mais do que imaginava. Achava isso bom, quando se tratava de relacionamentos. Hoje, sei que prefiro muito mais que o tempo pareça o que tem de parecer, o que realmente é.
Tudo tem seu tempo e, quando se dar espaço a ele pra agir, é no tempo certo.

domingo, 30 de agosto de 2009

Percebi que tenho sorte e a tenho por ainda não ter ouvido certas expressões que possivelmente me colocariam numa pseudo zona de conforto. Enquanto essas palavras ainda não chegaram aos meus ouvidos, eu procuro senti-las. Porque, quase sempre, o sentimento ou a decisão de dizê-las vem antes delas em si - ao menos é assim que penso que tem de ser pra ser da melhor forma.
Contudo, não se pode esquecer: As palavras não são, nem de longe, completamente dispensáveis.

sábado, 29 de agosto de 2009

Já me questionaram sobre o que é arte, já li conceitos e até já ouvi que a fotografia não pode ser considerada um de seus tipos.
Depois de muito pensar, de muito ler e de muito ouvir, posso dizer que descarto, sem medo, todas as hipóteses que já me foram apresentadas. Proponho que o conceito de arte seja aquele que, em primeiro lugar, venha não a liberdade, porque essa não existe, mas o poder de serem manifestas todas as emoções. E que essas emoções não sejam necessariamente sutis ou singelas, que elas não precisem ser subjetivas ou que tenham somente um sentido (porque nunca existe só um, nunca mesmo. E não me digam pra não usar a palavra "nunca"!).
Digo mais: Todas as formas de arte deveriam ser "julgadas" por crianças, porque elas sim possuem a sinceridade e pureza que nenhum adulto, por mais sensível, sutil e verdadeiro que seja, consegue ter. E aí sim, a arte chegaria a todos e todos poderiam entender a arte, pois ela não precisaria ser entendida, apenas sentida. E todos sentem.
Não é porque o sentimento não é bonito que deixa de ser sentimento.
Eu peço mais, peço certezas e peço amor.
Eu peço surpresas, peço vida e crescimento interior.
Peço flores que não sejam rosas, cercas e jardins.
Peço rede, abraços e kiwi.
Peço letras, palavras e frases não feitas.
Festas, danças e sorrisos.
Peço sinceridade.
Sempre. Mesmo que o sempre não seja o presente.
Não queria estar no lugar de alguém que não está no lugar onde queria estar,
fico onde me é confortável, onde me faz bem e onde me faz ser. Onde posso ser o quê e quem eu quiser, mesmo que isso quase sempre acabe em elefantes azuis e clichês.

E quem disse que eles não existem? Quem disse que não é possível?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Chega a ser ironica a capacidade que se tem pra transparecer as coisas a quem não quer parar pra vê-las. A história se repete, na maioria das vezes, mudando um ou três fatos, porém esses são aqueles tão pequenos que, se fossem comparados aos fatos de um filme, seriam aquele vaso em cima do criado-mudo, a cor do tapete e a quantidade de almofadas que tinha na sala, que quase ninguém prestou atenção. Seria hiprocrisia dizer que já não tratei desse assunto do mesmo jeito, guardando o melhor pra mim e soltando-o apenas quando eu sentisse que devia. Hoje já não mais existe isso, não vale a pena. Solto quase tudo, apenas algumas coisas ficam presas - por não sentir que devam ser soltas. Mas hão de ser. Sempre são. Na maioria das vezes, de forma mais rápida, como retribuição. Talvez, agora, deva se demorar e ser como ponto de partida, dádiva, ou seja lá como você quiser chamar um "eu te amo".

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Às vezes o mesmo pensamento que me faz agonizar, me traz conforto. Daí eu paro e agradeço a Deus por me conceder entendimento, ainda que muitas vezes, eu, tão pequena e até de fé tão pequena, não consiga atentar para isso e usá-lo.
Já ficou bem claro que você não é de falar muito, menos ainda de escrever. E eu assumo que às vezes sinto certa falta disso. Mas é exatamente por isso que eu comecei a atentar mais pras coisas; presto sempre muita atenção na tua respiração, no teu olhar, no carinho que você faz na minha mão e no beijo que você vezenquando dá na minha testa.


Procuro o teu sentimento nas formas mais subentendidas - e acho.
Eu não sou a pessoa mais divertida do mundo e estou bem longe de ter as melhores piadas, então não tenho como prometer muitos sorrisos.
Mas uma coisa é certa: Eu sempre vou ter sorrisos guardados pra quando você precisar.
Sei que é meio estúpido, bobo e injênuo (sim, tudo ao mesmo tempo) da minha parte escrever algo aqui e não querer que alguém veja. Sei também que a minha "necessidade" de escrever aqui vem de uma "'frustração' caligráfica", por assim dizer, já que tudo que eu escrevo no papel parece tão menos sério por contada minha letra infantil e inconstante que aparenta ter personalidade própria; às vezes tenho medo.
O que eu quero dizer, talvez pra mim mesma, todas as vezes que eu chegar a (re)ler esse texto sem pé-nem-cabeça, é que eu consigo. Talvez não sozinha, reconheço que não tenho tanta força assim. Mas eu preciso me lembrar que a força que tenho é suficientemente forte (não vou pedir perdão pela redundância) pra pedir ajuda.

SABE, a cada passo teu, a cada ligação, a cada palavra, eu vejo uma conquista. E digo isso de forma "independente", de forma tua, mesmo que esteja sendo dito - e até mesmo percebido - por mim. É nessas horas que algo parece me lembrar o quão clichê eu sou e um trecho de Los Hermanos, como não poderia deixar de ser, começa a borbulhar por aqui (digo por "aqui", porque ainda não sei se isso é coisa da minha mente ou do coração), daí eu parafraseio e te digo:
Me diz o que é sufoco que eu te mostro alguém MUITO afim de te acompanhar...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Não sei o que tem acontecido comigo ou dentro de mim, mas eu preciso de mais.
Eu não quero nada que não possa ou não "deva" ser me dado. Também não quero nada por contenda ou favor, no lugar disso, dê-me sinceridade. Em todos os momentos.
Muitas vezes até tento, mas me vejo incapaz de criar personagens. Talvez porque eu já sou uma; daquelas bem bobonas, que tem fé em "algo" grandioso, o coração transbordando amor e mania de sorrisos (muitos deles desnecessários, até).
A habilidade que eu tenho com as palavras é pouca, por isso em alguns momentos dispenso as técnicas que existem e falo, e escrevo o que vem na cabeça. Às vezes sinto que escrevo com o coração entre os dedos e acabo dizendo até mais do que o necessário - se é que pra alguém além de mim as palavras são necessidades.
Só desejo que tudo ocorra bem, não pelos meus desejos e planos, mas pela vontade Daquele que cuida de mim.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Se te mando mensagens bobas,
escrevo textos sem sentido ou com sentido subentendido,
é pra te mostrar que penso em você.

Taí, mais um.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"The world's a rollercoaster and I am not strapped in.
Maybe I should hold with care, but my hands are busy in the air saying:
I wish you were here."

quarta-feira, 15 de julho de 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

"Palavra do Dia
Amparo: s. m., acto ou efeito de amparar; o que ampara; abrigo, refúgio; protecção."

Com essa definição, eu só posso dizer que me sinto, entre tantas outras coisas, amparada quando estou com você. Ponto.

sábado, 20 de junho de 2009

Todo mundo rouba. E digo isso sem medo de estar acusando alguém por algo que não fez. Lojas, bolsas, comida, dinheiro, carros, cada um com sua preferência.
Quanto a mim, eu gosto mesmo é de ser roubada. Me roubem sorrisos, atenção, beijos, abraços, tempo e, se for possível, roube até mesmo meu coração (esse não chega nem perto de ser fácil como o sorriso, não se engane).



Mas você conseguiu.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Um diamante azul
de cor e valor desconhecidos
à procura do anil,
acha espaço para si no coral.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Faltam cinco eternos minutos para terminar a aula de física, a última desse infinito dia. A cólica insiste em não me largar, junto com as dores nas costas, ombros e pescoço (resultado da instável posição de dormir). Agora faltam dois, tempo suficiente para eu me perguntar (e ficar inconformada com a falta de uma resposta "satisfatória"): Por quê, ao contrário de agora, o tempo passa rápido quando estou contigo?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Maio parece sempre reservar alguma surpresa pra mim. Seja essa surpresa: Chuvas me colocando pra dormir, borboletas vindo de lugar nenhum e indo parar no meu estômago, alguém me esperando no banco, na sala ou na porta; alguém me esperando.
Resolvo abrir a porta. A porta "escondia" um mundo que, na verdade, parece estar sempre no plural. No singular, o mundo engloba churros, ficção científica, formas de controle, um vício, dedicação, paciência e muita criatividade. Atravessando a porta, talvez você adquira a habilidade de completar palavras ou comece a se enrolar com elas (até você descobrir que é melhor se enrolar nelas). Pensando bem, nesse mundo (sempre travo na hora de decidir entre plural ou singular - fico com o singular), não se dá tanta atenção às palavras, talvez isso tenha algo a ver com o fato de elas nos enrolarem às vezes. Porém, eventualmente, dá-se conta de que podem ser usadas como cobertor e exercer a função - a de aquecer; o coração - tão bem quanto um.
Ainda hão de vim muitas palavras, algumas incompletas, umas esperando tradução, outras querendo fugir e outras apenas a fim de exercer sua função.
Eu gosto.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O tempo não tem engatinhado, pelo menos não nos últimos treze dias e, mais especificamente, em oito deles. Tem passado mais depressa do que o normal, tanto que acho que nem uma hora a mais no relógio seria suficiente pra compensar toda essa pressa. Mas eu bem sei que, se essa décima terceira hora existisse, seria a mais divertida, linda, azul e laranja de todas. Só por ser assim, ímpar. E há quem diga que azul e laranja não combinam, mas pra essas pessoas eu pergunto: Quem disse que precisa combinar?

(e quem disse que não combina?)

domingo, 10 de maio de 2009

Minhas palavras são mais simples do que eu gostaria, mais claras do que eu queria e mais reveladoras do que eu poderia imaginar.

Até queria saber escrever assim, sem dizer o porquê, a razão, mas eu acabo sempre me entregando no final (ou no meio, ou no começo).

Eu preciso ouvir e falar, o sentir está na conta - que não é minha (e ainda não foi paga).

EU gosto.
"Palavra do Dia
Azucrinar



Azucrinar: v. tr. Bras., importunar, maçar; perseguir com lamúrias ou choro."



E é exatamente isso que algo dentro de mim vem fazendo: Me azucrinando, importunando, perseguindo com lamúrias. Quem dera, às vezes, as palavras significassem só uma coisa e, dentre todas essas, eu ficaria com a palavra "com", por mais incompleta e sem sentido que ela pareça. Mas que falta fazem as palavras. As pessoas insistem em guardá-las.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Eu olhei, não estava olhando pra mim. Eu liguei, não atendeu. Eu até falei, mas não atentou pra ouvir. Não que se importe nem que isso, agora, mude algo, mas é importante que fique claro: Nada passou despercebido. Porém, era pouco.
Leio muito por aí - e temo que até eu já tenha escrito - coisas como "Que venham novas oportunidades", "Que venham novos empregos". E acabo me perguntando: O que as pessoas que escrevem isso fazem para que o que elas desejam venham?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O vermelho sempre ganha do azul, foi o que eu fiquei sabendo. Dado que é preciso saber perder e nem sempre a vitória é a melhor forma de aprender algo, eu fico com o azul. Talvez ele não seduza, não ganhe, não chame atenção. Mas a calmaria e a inspiração que o azul do céu, do mar, do sorvete e de tantas outras coisas me traz, não me deixa preferir outra cor (mesmo que isso signifique perder, às vezes, quem sabe!?).

terça-feira, 28 de abril de 2009

"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso e ainda estou confuso, só que agora é diferente; estou tão tranqüilo e tão contente... Quantas chances desperdicei, quando o que eu mais queria era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém. Me fiz em mil pedaços pra você juntar e queria sempre achar explicações pro que eu sentia. Como um anjo caído, fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira. Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo... Já não me preocupo se eu não sei por que, às vezes o que eu vejo quase ninguém vê, e eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu vejo o mesmo que você. Tão correto e tão bonito, o infinito é realmente um dos deuses mais lindos. Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas? Me disseram que você estava chorando e foi então que eu percebi como lhe quero tanto... Já não me preocupo se eu não sei por que, às vezes o que eu vejo quase ninguém vê. E eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu quero o mesmo que você.. "

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Reveja tuas combinações de palavras, ainda mais quando forem ser direcionadas a mim. Algumas delas são importantes demais para serem usadas assim, de qualquer jeito, com várias pessoas. As guarde pra alguém que faça a vontade de usar certas expressões, piadas, trocadilhos ou qualquer outro artifício da língua portuguesa (já que a inglesa é mais complicada pra gente) com outras pessoas desaparecer. E, esse alguém não sendo eu, eu não quero estar entre o grande público que ouvirá o script do teu espetáculo.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A idéia de conhecer novas pessoas (ou conhecê-las pessoalmente) ainda é para mim, ainda que algo bom, algo bem assustador. Listas mentais de assuntos, pensamentos no que vestir e em qual dos meus "Oi"s eu vou usar. Quase como um click no meio dos meus pensamentos, lembro que nada disso é realmente importante. O que importa é ser. Essência.
A cada tempo que passa, a cada pessoa que conheço, momentos que vivo e lugares que vou, a idéia e a vontade de colocar o "sumo de pessoas, momentos e coisas ímpares" dentro de um pote permanece, se não intacta, ainda mais forte.
Sabes o meu sentir e o meu pensar, muito antes de eu pensar em sentir.

Sabes o caminho que vou pegar e a direção que vou seguir.

Os meus medos e anseios, eu nem tento esconder de Ti.

E o amor que sinto só Tu podes medir.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Quanto mais se escreve, mais descobre sobre si e torna-se mais do que se é - no meu caso, mulher. A vontade de parar o tempo me faz lembrar que ainda sou menina e posso aproveitar o pouco tempo que me resta assim. A dor que agora sinto faz questão de martelar minha cabeça, fazê-la latejar e me fazer atentar para o fato de que, assim como ela, as coisas - as desse mundo, não duram para sempre.
À espera de um toque e de uns papéis, escuto, mesmo sem querer, conversas paralelas e aleatórias, fragmentos da vida de, entre entradas e saídas, mais ou menos, dezenove pessoas. Atentando um pouco mais para os barulhos externos, percebo que comemoram através de um "parabéns pra você" mais um ano de uma vida. E sabe-se-lá de quem é essa vida!
Estou envolvida por uma bolha, no meio de uma sala fria, junto com fragmentos do meu conhecimento que está prestes a ser colocado em prova e eu nem tenho certeza se ele (ou seria eu?) está pronto para isso.
Logo que se nasce, recebe-se um presente: o livre arbítrio.
De início, quando se é pequeno, mal se sabe o que fazer com tal presente e, pensando bem, nem tamanho se tem para fazer muito. Mais na frente, ao crescer, andar com seus próprios pés e elaborar suas próprias idéias, é que o presente, aquele dado ainda antes da incubadora, começa a receber atenção. Logo depois, nota-se que o presente não veio sozinho, mas sim acompanhado de consequências. Consequências tais que podem encaminhar aqueles pequenos (porque nunca deixam de ser) pés a dois caminhos. Céu OU Inferno. A decisão de pra qual deles seguir tem de ser bem feita, pois, tomado um caminho, esse é eterno.
Enquanto há o piscar dos olhos, o respirar do pulmão, o falar da boca e o bater do coração, há opção.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

"If heartaches brought fame in love's crazy game,
I'd be a legend in my time.
If they gave gold statuettes for tears and regrets,
I'd be a legend in my time.
But they don't give awards,
and there's no praise or fame
For hearts that are broken for love that's in vain.
If loneliness meant world acclaim,
Everyone would know my name
I'd be a legend in my time."

"Porque há o direito ao grito. Então eu grito."

Passarei três dias longe das pessoas e das coisas do meu cotidiano e isso está me deixando estranhamente feliz. Eu preciso de um tempo. E sei que as pessoas também precisam de um tempo de mim. Como a saudade tá sempre presente, não será diferente nesses três dias, talvez eu até me lembre como conviver em paz com ela (ou não).

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quando somos crianças, somos um pouco de cada coisa. Artista, cientista, atleta, erudito. Às vezes parece que crescer é como desistir destas coisas, uma a uma. Todos nos arrependemos por coisas das quais desistimos, algo de que sentimos falta, de que desistimos por sermos muito preguiçosos ou por não conseguirmos nos sobressair. Ou por termos medo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009


Escuro, no meu quarto que há tempos não dormia (aquele mesmo com ventilador e estrelinhas no teto), deito na minha cama sobre uma almofada de coração (que, no dia em que a recebi de dois amigos, conheceu um dos meus melhores sorrisos e naquela hora conhecia um outro lado - um que eu nem sequer gosto), chorava como há muito não fazia. Olho pela janela (que continua com os velhos adesivos) e vejo uma grande borboleta. Talvez ela já estivesse ali, quando eu subi as escadas apressada pra chegar na minha cama, deitar e esperar as dores passarem (a física e a emocional), mas só reparei nela quando senti uma necessidade fora do comum de ter alguém pra me abraçar naquele exato momento. Era impossível, já estava tarde demais e aquele dia já era quase outro dia. Pensava em tantas coisas e em tantas pessoas que me dava vontade de vomitar, pra ver se tudo isso saía de dentro de mim, mesmo sabendo que a vontade maior é que elas saíssem de onde estavam e viessem pra perto de mim. (O engraçado de tudo é que, enquanto escrevo todas essas coisas, escrevo no passado, porque sei que isso não pode durar mais de uma noite. Eu não aguentaria. Não sozinha.)
O abraço, naquela noite, foi dado por Deus, pelas músicas e por aquela borboleta - aquela que, até então, em nem sequer tinha reparado que estava ali, se mostrando pra mim.

sábado, 28 de março de 2009

"Se você sentir saudade, por favor não dê na vista.
Bate palma com vontade, faz de conta que é turista."

quinta-feira, 26 de março de 2009

Tenho tentado me ocupar o bastante durante o dia, com a velha desculpa que é pra evitar dormir à tarde e conseguir regularizar meu tempo de sono durante à noite, mas eu bem sei o que, na verdade, quero evitar. E passa longe de ser sono.




(E muito perto de ser saudade.)
Acabo de perceber que meu óculos está torto. Talvez pra combinar com minhas pernas - que, ultimamente, têm sentido falta das caminhadas na orla pra ir à casa d'um amigo. Pelo que tenho sentido nos últimos dias, não são só essas caminhadas que têm me feito falta e isso é realmente muito ruim. Ruim como esse texto e como meu jeito infantil de escrevê-lo. Jeito infantil não só de escrever esse texto, como também de falar... ou melhor, não de falar, mas de questionar. Tenho feito muitas perguntas, acho que tá virando mania. E essa é só uma dentre tantas outras - umas que vêm até me incomodando, pra ser sincera. Sinceridade é algo que tenho querido desde os meus últimos relacionamentos. Relacionamentos... É, o texto acaba aqui.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu não quero apenas teorizar -tampouco "parafrasear"- um sentimento. Quero sentir e saber que aquilo é bom - o que é bom, faz bem. Aprende-se, cedo ou tarde, que nem tudo que faz bem é bom. E que nem tudo que faz bem, faz realmente bem. E que tudo é uma questão de tempo. O tempo está na minha mão e eu nem sei o que fazer com ele, se faço ele andar mais rápido ou mais devagar, acabo optando por deixar que ele siga por si - por enquanto. Vou parar por aqui, isso está ficando muito confuso (não é à toa que dizem algo sobre o que é escrito ser reflexo do que se sente/de quem se é). "Eu não quero apenas teorizar -tampouco 'parafrasear'- um sentimento", repito, caso não tenha prestado muita atenção nessa parte (a única parte que acredito haver algum sentido).

terça-feira, 17 de março de 2009

tuesday smile.




Quando alguém faz aniversário e quem ganha o presente é você, você fica meio sem graça, sem ter o que falar. Comigo não é diferente. Hoje é teu aniversário, mas Deus me deu o presente de estar novamente do lado pra estar provando no documento mais um ano do teu crescimento (não que este precise ser comprovado, de tão óbvio que é). O que te digo e desejo hoje não é nada diferente do que faço em todos os outros dias e eu poderia repetir todas as palavras que já te disse, se não fosse a coisa mais fácil acrescentar um adjetivo e uma qualidade a cada dia que a gente se vê, conversa, passa um tempo juntas. Você é ímpar. Não importa o quanto você tente fugir desse adjetivo, ele vai continuar te perseguindo, porque é isso que você é. Obrigada pelas coisas simples e inesperadas, leituras de livros, pelas pintadas de unhas, sugestão de bandas, coisas compartilhadas, pelas nossas "questões de honra" e, acima de tudo, obrigada pela reciprocidade, pelos teus sorrisos (mesmo que, algumas vezes, eu precise fazer algo bem idiota pra que ele apareça), abraços, pela preocupação, por SABER que me tem sempre do teu lado, tem meu colo & ombro nas viagens de oito horas e pelo AMOR. O que passa, tá no meio ou vem antes disso, fica subentendido. Minha irmã mais velha, feliz aniversário!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sabe, eu sempre gostei de brincadeiras, mas essa que você quis brincar não me agradou. Não sei o porquê, mas sempre me diverti muito com aquela tal brincadeira de "passa anel", mas, quando virou "passa coração" - o meu coração, meu sorriso desapareceu.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Deus sabe o que faz. Sei que tenho dito muito isso e em ocasiões completamente diferentes, mas é que cada vez mais se confirma. Hoje, por exemplo, ao pensar em algumas pessoas e coisas que me fazem feliz, eu agradeci por não ser diabética. Porque, se fosse o meu caso, talvez eu preferisse que acontecesse coisas ruins ao meu corpo do que banir essas pessoas/coisas doces da minha vida. Deus sabe o que faz.
"Eu gosto de olhos que sorriem, de gestos que se desculpam, de toques que sabem conversar e de silêncios que se declaram."

domingo, 11 de janeiro de 2009

A group of professional people posed this question to a group of 4 to 8-year-olds, "What does love mean?" The answers they got were broader and deeper than anyone could have imagined. See what you think:

"When my grandmother got arthritis, she couldn't bend over and paint her toenails anymore. So my grandfather does it for her all the time, even when his hands got arthritis too. That's love." Rebecca - age 8

"When someone loves you, the way they say your name is different. You know that your name is safe in their mouth." Billy - age 4

"Love is when a girl puts on perfume and a boy puts on shaving cologne and they go out and smell each other." Karl - age 5

"Love is when you go out to eat and give somebody most of your French fries without making them give you any of theirs." Chrissy - age 6

"Love is what makes you smile when you're tired." Terri - age 4

"Love is when my mommy makes coffee for my daddy and she takes a sip before giving it to him, to make sure the taste is OK." Danny - age 7

"Love is what's in the room with you at Christmas if you stop opening presents and listen." Bobby - age 5

"If you want to learn to love better, you should start with a friend whom you hate." Nikka - age 6

"There are two kinds of love. Our love. God's love. But God makes both kinds of them." Jenny - age 4

"Love is when you tell a guy you like his shirt, then he wears it everyday." Noelle - age 7

"Love is like a little old woman and a little old man who are still friends even after they know each other so well." Tommy - age 6

"My mommy loves me more than anybody. You don't see anyone else kissing me to sleep at night." Clare - Age 5

"Love is when mommy gives daddy the best piece of chicken." Elaine - age 5

"Love is when mommy sees daddy smelly and sweaty and still says he is handsomer than Robert Redford." Chris - age 8

"Love is when your puppy licks your face even after you left him alone all day." Mary Ann - age 4

"I know my older sister loves me because she gives me all her old clothes and has to go out and buy new ones." Lauren - age 4

"I let my big sister pick on me because my Mom says she only picks on me because she loves me. So I pick on my baby sister because I love her." Bethany - age 4

"When you love somebody, your eyelashes go up and down and little stars come out of you." Karen - age 7

"Love is when mommy sees daddy on the toilet and she doesn't think it's gross." Mark - age 6

"You really shouldn't say 'I love you' unless you mean it. But if you mean it, you should say it a lot. People forget." Jessica - age 8

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

"Ela apenas sorriu diferente, franzindo os lábios, como se dissesse:
'Ah, não liga, isso não é nada, são coisas que acontecem.'"

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"This is no declaration, I just thought I'd let you know."


Queria poder escrever de uma forma que você não entendesse, mas que olhasse e soubesse que era pra você, ainda sem saber o que estava escrito. Agora, queria ter a letra de uma menina de 5 anos e com ela te escrever uma carta (essa muito diferente da que pensei em te escrever antes de o ano acabar), na qual você também não entenderia muita coisa, só saberia. Saberia que ali deveriam estar escritas as palavras mais sinceras que alguém um dia lhe escrevera. Talvez isso tudo fosse consequência de Fantasia, ou talvez isso tudo tenha sido só uma fantasia. Vai saber. O que se sabe é que, assim como em Fantasia, no mundo dos homens, escolhas é igual a perdas. E não há nada de errado com isso, desde que, entre umas e outras (escolhas), haja sinceridade. E houve. E ouve. E ouço. Você também pode ouvir, se chegar mais perto, mas é melhor manter-se um pouco distante. Desconjuntado, fraco e acelerado. A certeza da dúvida não combina com você.
Bem, agora tenho que ir. Você também.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O vento faz meus dedos parecerem pequenos grandes cubos alongados de gelo, esses mesmos que tua mão morninha pôde sentir e aquecer na noite passada. Por mais estranho que isso seja, o vento parece trazer você pra mim.
Ao tocar o livro emprestado por você, pareço sentir tuas mãos. Ao ler a primeira linha de letras verdes, quase posso sentir tua empolgação de estar lendo teu livro preferido (coisa que ficara sabendo mais tarde) e, pensando bem, deve ter sido a tua empolgação que me consumiu e me fez devorar cada palavra desse livro em dois dias. A história sem fim acabou, enquanto outra parece estar apenas no começo.
Se você, por algum motivo, conseguisse atravessar a Porta do Grande Enigma e ficasse diante da Porta do Espelho Mágico, talvez se visse o que vejo em você: Calmaria, afeto, afago.
"Sempre é apenas um momento."

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Hoje me senti viva. Não que nos outros dias de minha vida eu ignore as batidas do meu coração, o piscar dos meus olhos, o aviso da minha barriga avisando que a fome chegou, os meus impusos e afins. Mas a sensação de estar viva, hoje, veio enquanto eu estava deitada na areia do mar seco e meu corpo tava todo cheio da mesma. Com a minha mão direita, na qual as unhas estão pintadas de vermelho, eu pegava um pouco da areia à minha volta e notava cada grãozinho encontrado ali. Tudo isso coberto por um céu-azul-mar e um sol-cor-de-sorvete-de-creme. Ainda era 15:00hrs quando a lua resolveu me sorrir e tornar a cena ainda mais especial. Era só eu, numa das praias maais lindas que fui na vida, com o sol-creme, céu-mar e a lua ainda nova.