sábado, 11 de dezembro de 2010

Como fumaça de trem que não faz piuí.

Uma das vantagens em não ser irônica (ao menos em situações onde não existe um espacinho sequer para ironias) é que você deixa de ser idiota e resolve logo o que te incomoda.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Quando a conversa ao telefone é boa

Melhor do que ter um sonho bom é acordar dele e perceber que a realidade é ainda melhor.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Alegria

remédio de alergia
desloca a letra r de lugar
quando começa a fazer efeito.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Rumando a?

Alguns acontecimentos deveriam estar cientes de suas dimensões e parar quando as alcançassem. Mas não. Resolvem expandir-se, tomar uma área que não é sua; criando uma fórmula que não existia - por algum motivo -... até então. Maldita seja essa vontade que às vezes bate de desbravar novos territórios em momentos inoportunos! E tenho dito.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Se eu colecionasse palavras como se faz com álbuns de figurinhas, as que seriam equivalentes às figurinhas brilhantes - e mais difíceis de achar - viriam de você. Se eu arranjasse uma forma de fazer isso, acho que você também faria. Não sei se colecionaria as minhas, mas tenho certeza que você montaria um álbum bem interessante. Talvez repleto de palavras de efeito e tristes. Ou daquelas que ninguém sabe ao certo o significado ou não se costuma ouvir sempre, mas que parece ser algo bem ruim - quando na verdade significa algo brando. Tipo "melifluo", que significa doce, suave, mas mais parece significar algo horrível.

Prefiro colecionar pessoas por completo, com todos os sorrisos - inclusive aquele que aparece no lugar das lágrimas ou aquele outro bem menos dramático, que esconde maus momentos.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Terceira folha.

" - Aquele cara maior ali, é uma das pessoas mais tranqüilas que conheço. Um dia, ele deu um chute, o outro cara caiu no chão e desmaiou, mas isso não faz dele uma má pessoa. Se ele soubesse que causaria tudo isso, talvez não tivesse feito."

Certas palavras direcionadas a outras pessoas surgem da necessidade de explicar algo em si mesmo. Não duvido que tenha sido isso que gerou estas.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Novelo.

Aconselho a quem quer que esteja lendo isso aqui, que desconsidere tudo. Estou sob efeito de palavras. (E que palavras!) Vieram em doses, em intervalos de um ou dois ou três dias. O conjunto delas é o suficiente pra eu falar, pensar ou pensar em falar um monte de coisas sem sentido ou até mesmo ficar caladíssima ao ponto de me olharem estranho por isso. Acho que estou em um dos momentos onde se chega quase perto da overdose, mas ela não vem. No lugar dela, vem a lucidez - que talvez seja bem pior.
Cair em mim é bem pior que cair em "se". Às vezes prefiro fazer suposições a encarar o que de fato acontece e usar isso como exemplo real.
"Vamos supor que você está no meu lugar, o que faria?" parece ser bem mais sensato perguntar e ouvir com atenção a resposta do que simplesmente dizer:
"Eu estou no meu próprio lugar, onde deveria estar, e resolvi optar pela espera, com trezentos mil e três planos e nem uma expectativa" - se é que isso é possível.

Eu avisei: Desconsidere.
Espero nunca ficar imune ao efeito de palavras,
tanto quanto espero nunca ficar cega diante de atos.
E fatos. E fotos.
E flor.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pseudo-asma

Tem horas que é preciso ir na varanda,
olhar as estrelas, sentir o vento e..



respirar.
Descobri:

.Preciso aprender novas palavras, mesmo que o significado delas continue sendo "não".

.Tenho sentido uma vontade estranha de rimar tudo aquilo que escrevo. Ora reprimo, ora não.

.Quero encontrar e ter ao meu lado quem possua a mesma falta de interesse no ter como aquelas pessoas que encontram celulares numa cadeira de cinema e procuram uma forma de devolvê-lo ao dono desconhecido sem pensar no que pode receber em troca.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Importa?

Detalhes. Olhos que desaparecem e dão lugar aos dentes que dão lugar às covinhas que dão lugar a um sorriso no meu rosto. Não sei quanto tempo leva esse processo inteiro nem o que faz com que ele aconteça. Sei que não há uma regra. Talvez seja demorado. Ou rápido demais. Eu nunca estou suficientemente acordada pra notar que horas são quando uma coisa leva a outra que conversa com outra, resultando em outra e terminando em todas de volta às suas origens. Me sinto mais confortável quando acaba, porque volto a saber pra onde olhar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

"Era uma vez um leitor, curioso sobre a história dentro de um livro. Era uma vez um livro, curioso sobre os olhos daquele leitor. Era uma vez a história de um. Era uma vez a história de outro. Mas porque alguém tinha de dar o braço a torcer, o livro rendeu-se e começou o primeiro capítulo. Os livros sempre se rendem: não é a toa que eles capitulam."

Rita Apoena esqueceu de me dizer quem é o livro, na "minha" história, afinal.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

E eu poderia escrever muitas palavras sobre esse dia, mas receio que elas façam aquilo tudo parecer real.

quinta-feira, 13 de maio de 2010


Eu tenho um colega que nem sabe que é meu colega.

É um senhorzinho, que está sempre com uma boina branca, óculos e na janela de uma casa azul. Todos os dias -ao menos em todos que tem aulas, na hora da saída, ele está lá.
Sempre gostei muito dele. Um dia, com uma câmera antiga na bolsa, passo por aquela casa, no mesmo horário de sempre. Não me contive. Segurei no braço do meu irmão que me acompanhava, pedi pra ele esperar um pouco. Peguei a câmera e fotografei aquela mesma cena de todos os dias.

Ele, aparentemente, gostou. Acenei e continuei andando. Ele acenou de volta e continuou na janela.


As aulas terminaram e a casa foi vendida. E eu continuo gostando do senhor da janela da casa azul, porque pra mim, ele sempre estará lá.

domingo, 9 de maio de 2010

Tenho que lembrar de me manter longe de copos que precisam ser lavados.
Quando tenho que reverter a situação deles, por ser uma coisa incomum no meu dia-a-dia, não me incomodo.
E demoro. Acabo exagerando no detergente e, propositalmente, crio várias espuminhas.
Mas o ponto não é esse. A questão é: A lavagem de copos sempre é um processo longo e eu faço disso uma terapia. Terapia faz pensar - e, convenhamos, isso nem sempre é bom. Cada copo parece me levar à outra dimensão e quando coloco a bucha pra descansar, arrumo alguma outra coisa pra pensar - até o ciclo se repetir e eu voltar ao mesmo lugar.
Eu não sei mais chorar. Hoje chorei. Percebi que desaprendi, e logo sorri. Não soube enxugar. Fiquei com vergonha, deixei pingar. Tive que deixar.
(E há quem pergunte -sempre há- se estou bem, digo que sim. Não minto.)

Foi durante o almoço, na mesa da sala, com os olhos fixos na TV. Não era novela nem filme.
Era real. Eu poderia, noutros tempos, facilmente apontar o que vi como uma carta romântica escrita com caneta de pena e papel decorado. Não era presunçosa, não era brega e muito menos estúpida. Estava ali, junto com uma música ao fundo que dizia praticamente tudo e algumas fotos, a "1ª Cartinha. Lembra?" que meu irmão fez à namorada.
Era pura. É amor.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Às vezes penso em algumas palavras pra dizer ou pra escrever, pra mim mesma em certo momento ou pra alguém, e me apresso pra anotar, temendo o esquecimento.
Quando passo pra o papel, pra o velho Bloco de notas do computador ou até mesmo pra pasta "Rascunhos" do meu celular, as palavras perdem todo o efeito - se é que um dia esse existiu.
Sendo assim, quem quiser ou esperar frases de efeito escritas ou ditas por mim, está intimado a entrar na minha mente e procurar por elas. O efeito está ali. (ou em mim?)

terça-feira, 30 de março de 2010

omissão de algo que podia ser escrito

Há quem diga que a morte é como um ponto final.
Pra mim, ela é bem mais como as reticências...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Não tenho me permitido escrever textos longos; algo por aqui me diz que grandes textos são curtos.
Na verdade, não tenho me permitido muitas coisas; a maior parte dos meus pensamentos já começa com "não".
Ponho a culpa no amor!
Tenho analisado-o muito. Não o amor-sentimento no qual muito se fala, mas o real. Aquele que nem sempre é bonito por fora ou fácil de ser demonstrado, mas sempre é simples. E, por isso, complexo.

Diante de tudo isso, o que tenho ainda a escrever?

Pequeno, pequeno, pequeno...

terça-feira, 9 de março de 2010

-Cuidado quando atravessar a rua!
-Tá vendo o que você fala? Mas não vem pegar na mão!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Saudade não é sentimento, é emergência.

(Em caso de emergência, sorria.)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

Se Renata tivesse a oportunidade de escolher não ser Renata, aceitaria seRenata?