terça-feira, 28 de abril de 2009

"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso e ainda estou confuso, só que agora é diferente; estou tão tranqüilo e tão contente... Quantas chances desperdicei, quando o que eu mais queria era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém. Me fiz em mil pedaços pra você juntar e queria sempre achar explicações pro que eu sentia. Como um anjo caído, fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira. Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo... Já não me preocupo se eu não sei por que, às vezes o que eu vejo quase ninguém vê, e eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu vejo o mesmo que você. Tão correto e tão bonito, o infinito é realmente um dos deuses mais lindos. Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas? Me disseram que você estava chorando e foi então que eu percebi como lhe quero tanto... Já não me preocupo se eu não sei por que, às vezes o que eu vejo quase ninguém vê. E eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu quero o mesmo que você.. "

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Reveja tuas combinações de palavras, ainda mais quando forem ser direcionadas a mim. Algumas delas são importantes demais para serem usadas assim, de qualquer jeito, com várias pessoas. As guarde pra alguém que faça a vontade de usar certas expressões, piadas, trocadilhos ou qualquer outro artifício da língua portuguesa (já que a inglesa é mais complicada pra gente) com outras pessoas desaparecer. E, esse alguém não sendo eu, eu não quero estar entre o grande público que ouvirá o script do teu espetáculo.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A idéia de conhecer novas pessoas (ou conhecê-las pessoalmente) ainda é para mim, ainda que algo bom, algo bem assustador. Listas mentais de assuntos, pensamentos no que vestir e em qual dos meus "Oi"s eu vou usar. Quase como um click no meio dos meus pensamentos, lembro que nada disso é realmente importante. O que importa é ser. Essência.
A cada tempo que passa, a cada pessoa que conheço, momentos que vivo e lugares que vou, a idéia e a vontade de colocar o "sumo de pessoas, momentos e coisas ímpares" dentro de um pote permanece, se não intacta, ainda mais forte.
Sabes o meu sentir e o meu pensar, muito antes de eu pensar em sentir.

Sabes o caminho que vou pegar e a direção que vou seguir.

Os meus medos e anseios, eu nem tento esconder de Ti.

E o amor que sinto só Tu podes medir.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Quanto mais se escreve, mais descobre sobre si e torna-se mais do que se é - no meu caso, mulher. A vontade de parar o tempo me faz lembrar que ainda sou menina e posso aproveitar o pouco tempo que me resta assim. A dor que agora sinto faz questão de martelar minha cabeça, fazê-la latejar e me fazer atentar para o fato de que, assim como ela, as coisas - as desse mundo, não duram para sempre.
À espera de um toque e de uns papéis, escuto, mesmo sem querer, conversas paralelas e aleatórias, fragmentos da vida de, entre entradas e saídas, mais ou menos, dezenove pessoas. Atentando um pouco mais para os barulhos externos, percebo que comemoram através de um "parabéns pra você" mais um ano de uma vida. E sabe-se-lá de quem é essa vida!
Estou envolvida por uma bolha, no meio de uma sala fria, junto com fragmentos do meu conhecimento que está prestes a ser colocado em prova e eu nem tenho certeza se ele (ou seria eu?) está pronto para isso.
Logo que se nasce, recebe-se um presente: o livre arbítrio.
De início, quando se é pequeno, mal se sabe o que fazer com tal presente e, pensando bem, nem tamanho se tem para fazer muito. Mais na frente, ao crescer, andar com seus próprios pés e elaborar suas próprias idéias, é que o presente, aquele dado ainda antes da incubadora, começa a receber atenção. Logo depois, nota-se que o presente não veio sozinho, mas sim acompanhado de consequências. Consequências tais que podem encaminhar aqueles pequenos (porque nunca deixam de ser) pés a dois caminhos. Céu OU Inferno. A decisão de pra qual deles seguir tem de ser bem feita, pois, tomado um caminho, esse é eterno.
Enquanto há o piscar dos olhos, o respirar do pulmão, o falar da boca e o bater do coração, há opção.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

"If heartaches brought fame in love's crazy game,
I'd be a legend in my time.
If they gave gold statuettes for tears and regrets,
I'd be a legend in my time.
But they don't give awards,
and there's no praise or fame
For hearts that are broken for love that's in vain.
If loneliness meant world acclaim,
Everyone would know my name
I'd be a legend in my time."

"Porque há o direito ao grito. Então eu grito."

Passarei três dias longe das pessoas e das coisas do meu cotidiano e isso está me deixando estranhamente feliz. Eu preciso de um tempo. E sei que as pessoas também precisam de um tempo de mim. Como a saudade tá sempre presente, não será diferente nesses três dias, talvez eu até me lembre como conviver em paz com ela (ou não).

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quando somos crianças, somos um pouco de cada coisa. Artista, cientista, atleta, erudito. Às vezes parece que crescer é como desistir destas coisas, uma a uma. Todos nos arrependemos por coisas das quais desistimos, algo de que sentimos falta, de que desistimos por sermos muito preguiçosos ou por não conseguirmos nos sobressair. Ou por termos medo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009


Escuro, no meu quarto que há tempos não dormia (aquele mesmo com ventilador e estrelinhas no teto), deito na minha cama sobre uma almofada de coração (que, no dia em que a recebi de dois amigos, conheceu um dos meus melhores sorrisos e naquela hora conhecia um outro lado - um que eu nem sequer gosto), chorava como há muito não fazia. Olho pela janela (que continua com os velhos adesivos) e vejo uma grande borboleta. Talvez ela já estivesse ali, quando eu subi as escadas apressada pra chegar na minha cama, deitar e esperar as dores passarem (a física e a emocional), mas só reparei nela quando senti uma necessidade fora do comum de ter alguém pra me abraçar naquele exato momento. Era impossível, já estava tarde demais e aquele dia já era quase outro dia. Pensava em tantas coisas e em tantas pessoas que me dava vontade de vomitar, pra ver se tudo isso saía de dentro de mim, mesmo sabendo que a vontade maior é que elas saíssem de onde estavam e viessem pra perto de mim. (O engraçado de tudo é que, enquanto escrevo todas essas coisas, escrevo no passado, porque sei que isso não pode durar mais de uma noite. Eu não aguentaria. Não sozinha.)
O abraço, naquela noite, foi dado por Deus, pelas músicas e por aquela borboleta - aquela que, até então, em nem sequer tinha reparado que estava ali, se mostrando pra mim.