tag:blogger.com,1999:blog-31065574484219294122024-03-13T23:40:32.077-03:00o amor é ímparRenata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.comBlogger252125tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-3734130875919254252014-04-24T19:39:00.000-03:002014-09-02T01:59:54.149-03:00"Hasta lo amor, siempre!"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://scontent-b-mia.xx.fbcdn.net/hphotos-xfp1/v/t1.0-9/10006986_10152318322164627_6575421479741427274_n.jpg?oh=1e1da568fa3576ae9eab6c2860137b60&oe=545E892E" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://scontent-b-mia.xx.fbcdn.net/hphotos-xfp1/v/t1.0-9/10006986_10152318322164627_6575421479741427274_n.jpg?oh=1e1da568fa3576ae9eab6c2860137b60&oe=545E892E" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde que comecei a observar o mundo, percebi que há algo de muito especial no tempo. Ainda que haja formas de medi-lo, não há como contê-lo - e, assim, ele é sempre algo além.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quase que diariamente, recebo o presente de me espantar com ele. Hoje, constatei mais uma vez: de pessoa a cartão postal (nesse caso, para a minha sorte, ambos), tudo chega em seu devido tempo. Se chega numa quinta-feira, por exemplo, após horas num trânsito a tic-tac de tartaruga, o sorriso é ainda maior e o coração não se contenta em encher: transborda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ao invés do que disse Che, eu diria: 'Hasta lo amor, siempre'". Eu também, Branquinho.</div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-40815695660345003452014-03-26T09:51:00.000-03:002014-09-02T01:47:10.513-03:00Haikai para não ser atropelado pelo trem ou pela vida<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="180" mozallowfullscreen="" msallowfullscreen="" oallowfullscreen="" src="https://www.flickr.com/photos/renaaata/3561610862/player/" webkitallowfullscreen="" width="320"></iframe><br />
<br />
Pare, olhe, escute<br />
O trem que chega<br />
A vida que urgeRenata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-74080599786814423442013-12-12T11:47:00.000-03:002015-04-01T11:47:43.709-03:00Amizade apesar da pós-modernidade<span style="font-family: inherit;">Na falta do tempo estendido </span><br />
<span style="font-family: inherit;">para fazer o mesmo com os braços,</span><br />
<span style="font-family: inherit;">os olhos se fecham, </span><br />
<span style="font-family: inherit;">os dedos escrevem e fica a torcida:</span><br />
<span style="font-family: inherit;">sinta-se!</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Daqui, do lado - que é tela e não ombro -</span><br />
<span style="font-family: inherit;">a dor também chega</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Não me pertencendo, cabe a mim cumprimentá-la</span><br />
<span style="font-family: inherit;">e expulsá-la, fazendo-a bater em retirada. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Para bem longe de você.</span>Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-45812600343735785542013-11-08T19:57:00.000-03:002013-11-20T19:27:29.456-03:00Sobre com quantos compassos se faz o tempoQue o meu choro seja chorinho pr'eu logo, logo poder sambar.Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-81760934123638625862013-11-07T19:17:00.000-03:002015-12-29T11:19:58.785-03:00Daqui<div style="text-align: justify;">
Por saber que, ainda que sejamos muitos, sempre teremos um lugar e um modo único de enxergar cada coisa,</div>
<div style="text-align: justify;">
eu precisa te escrever como foi viver tudo aquilo do meu lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na minha poltrona azul não-enumerada, que não ficava na primeira, na segunda ou na terceira fila.</div>
<div style="text-align: justify;">
Da minha poltrona, que guardava do lado esquerdo o lugar de alguém - que enxergaria, de um jeito igualmente diferente, tudo aquilo que eu enxergaria também.</div>
<div style="text-align: justify;">
Do meu jeito, claro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu vi um homem-urso chorar ao citar a mãe. Vi um outro, que por algum motivo me lembra Cinema Paradiso, chorar ao saber-se homenageado. Em vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
(homenagem boa é aquela que o homenageado pode chorar, sorrir e, assim, ser grato quando a recebe. Não existe lágrima, sorriso ou gratidão na morte) </div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, vi mão pegando pipoca. Aos poucos. Também vi - preferia não ter visto - quando eu, desajeitada, derrubei pipoca no carpete novinho. Vi sorrisos. Descansei.</div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente, vi olhos azuis. De bem perto. Tanto que os meus, castanhos, não conseguiam focá-los.</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das bençãos de fotografar e de absorver fotografias e olhares alheios é aprender que nem toda fotografia precisa de foco.</div>
<div style="text-align: justify;">
E, por vezes, estando o foco à mercê da fotógrafa, ele não fica imune a todo o resto. Às vezes, as mãos se perdem e, por pouco, aquele instante fica assim: blur.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse caso, blue.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito. </div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-79848869942488540652013-09-12T18:57:00.002-03:002013-09-12T19:00:36.039-03:00Se hoje chover, eu quero me molhar<div style="text-align: justify;">
Na volta pra casa, andando sozinha pelas ruas do bairro onde cresço desde que nasci, peço ao Pai que cuide de mim. Em poucos passos, a resposta: chuva. Muita chuva. Resposta das boas. Daquelas que é necessário calar pra ouvir até o suspiro entre uma palavra e outra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, desarmada, não me guardo delas. Ainda que tivesse a ferramenta necessária para me manter seca, arrisco dizer que eu preferia mantê-la fechada - como fiz brevemente com meus olhos quando os pingos aumentaram em quantidade e força.</div>
<div style="text-align: justify;">
Levantei a cabeça pra sentir por completo o banho que há muito não tomava. Desse banho, a alma é quem sente falta mesmo quando o corpo está cheiroso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Percebi que ser cuidada requer olhos fechados e cabeça pra cima.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Trouxe a chuva pra casa, minh'alma disse "obrigada" e o coração, esquentando-a, concordou.</div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-61884930008412476932013-08-25T04:31:00.000-03:002013-09-04T02:04:55.965-03:00ParcimôniaEnquanto o plástico-bolha é tão eficaz quanto a duração de uma bolha de sabão suspensa no ar - fugaz; a esperança de quem o estoura é tão real quanto a de quem, com a ponta dos dedos, tenta guardar para si aquela forma flutuante de sonho.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Mas - com as pontas dos mesmos dedos - a estoura.</span>Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-10873540249015000302013-08-13T23:15:00.000-03:002015-12-29T11:16:40.441-03:00A primeira vez que alguém me ouviu com os olhos<br /><br /><div style="text-align: justify;">
O dia não era pra vencedores.</div>
<div style="text-align: justify;">
Naquele corredor, desejando com as mãos e com os pés que aquele momento terminasse logo, constatei com o corpo todo "meu Deus, que menino lindo". Transborda sal com olhos de perdão, gratidão e amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim mesmo. O combo infalível. Não seria eu, por mais forte que eu possa parecer, que resistiria. Apesar de querer às vezes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Olhos mais doces que eu já vi me vendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
E, para minha surpresa, me ouvindo.</div>
<div style="text-align: justify;">
"Me faz muito bem olhar pra os seus olhos. Sei que você tá me dizendo alguma coisa. E eu espero estar respondendo, porque é muito forte".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certeiro assim. Lindo assim.</div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-19086312852935797882013-08-01T01:24:00.000-03:002013-08-11T00:31:02.671-03:00Homework<div style="text-align: justify;">
No fim do dia, me sentia como quem passa o dia inteiro do lado de fora, tragando rastros de tudo ao redor. A fumaça do cigarro alheio, o amor em outros braços, a dor de cabeça do trânsito infernal, as nuvens e os pingos que eventualmente caem. Em tempos de "inverno", chuva. Em tempos difíceis, lágrimas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não faz diferença se meus pés pisaram outros chãos ou se ficaram de um lado para o outro no meu apartamento quando a cabeça tem visão privilegiada das nuvens, o coração se prepara para correr maratonas e os meus olhos conversam entre si - quando sem os seus.</div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-20846714043984975782013-07-10T02:02:00.000-03:002013-07-28T00:34:00.563-03:00Pr'aquela que consegue voar, Taynara<div style="text-align: justify;">
Molinha de braço e coração, carrega no sorriso a força suficiente para manter as pernas curtas não só em pé mas caminhando. Marcada pela distância e pelos desenhos na pele, as pernas largam o "r" e se fazem pena quando se quer voar - ainda que com medo. Assim, se faz agradavelmente perto daqueles aos quais tem. No coração. Ali, os faz âncoras e joga também a sua, do Sul ao Nordeste. </div>
<div style="text-align: justify;">
Grata por fazer parte dos poucos que se fazem porto, retribuo de braços, ouvidos e coração abertos, com o desejo de querer permanecer e constatar, daqui há vários filhos, netos e bisnetos - anos - que ainda és minha amiga mais moderninha. </div>
<div style="text-align: justify;">
Let it be!</div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-82081863684769826382013-07-07T23:46:00.004-03:002013-07-27T23:29:29.405-03:00De glória em glória, Glorinha<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-gunB-8sbF1k/UfSBh-AkC6I/AAAAAAAAAuQ/jVHayd49KnU/s1600/IMG_7243-2..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-gunB-8sbF1k/UfSBh-AkC6I/AAAAAAAAAuQ/jVHayd49KnU/s320/IMG_7243-2..jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Do sorriso largo e amor às palavras que nos é comum e do gosto de infância que temos nos abraços e nos dedos, colhemos as carreiras debaixo dos pingos, o compartilhamento do guarda-chuva e as mínimas evidências de poesia-flor que encontramos por aí.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Se o presentear com prosa já era parte do meu existir, com Glória, tenho aprendido a concretizá-lo. Prova disso é isto. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Agora, com a certeza de que dividiremos ainda muitas estações (sejam elas </span><span style="background-color: white; font-size: 13px; line-height: 17px;"><span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;">5122</span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">, verão, inverno, primavera ou outono), desejo não só a força necessária para as corridas que a rotina apertada, os raros ônibus para viagem de volta, a chuva e a idade nos exigem, mas, principalmente, a força suficiente para exercitar 400 músculos apenas com sorrisos ininterruptos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span>
</div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-38295337622800127992013-05-29T22:33:00.000-03:002013-05-29T22:34:24.817-03:00Aceito<br />
<br />
Quando não caibo em mim,<br />
Quando o mundo a mim não cabe.<br />
<br />
Quando não caibo no mundo.<br />
<br />
(Quando) a maré sou eu.<br />
nadar contra torna-se uma modalidade na qual sou campeã.<br />
em ficar no lugar mais baixo do pódio.<br />
<br />
Mesmo não havendo rivais.<br />
<br />
As raias nunca impediram que eu nadasse do meu jeito.<br />
Torto.<br />
<br />
Andar de bicicleta passa fazer mais sentido.<br />
<br />
S o l t o o guidom.Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-38380213226957633462013-05-25T11:15:00.001-03:002013-05-25T11:15:12.102-03:00"I'm just an old chunk of coal..."*Das coisas que me restam, às vezes não quero nada.<br />
De mansinho, meio verdadeira, meio hesitante, meio como uma meia certeza, me vem a vontade de só, sozinha, sonhando, sendo, vivendo de verdade, chegar Lá.<br />
<br />
Lá, ouvi-Lo me chamar pelo nome e, pegando no meu rosto com as mãos de quem já passou por tudo bem antes de mim - e não apenas sobreviveu mas reviveu, dizer:<br />
<br />
"acabou chorare, ficou tudo lindo".<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">*"...<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 24px;">But I'm gonna be a diamond some day".</span></span>Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-9407314461838567362013-05-15T23:56:00.000-03:002013-07-07T23:56:41.189-03:00Marcos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O dia em que pulei do Jardim II
para Alfabetização. A melhor amiga da escola. Os cinco pontos no queixo e os
três na cabeça. Quando abandonei as rodinhas da bicicleta. Meu pai penteando
meus cabelos. O primeiro dia no colégio. Intervalos escutando música no
discman. O LP com hinos de clubes de futebol. O cheiro do meu avô. O sorriso da
minha mãe. Primeira vez que experimentei café. Cada namorado. Aparelho “freio
de burro”. Aparelho fixo. Quando tirei o aparelho. Cabelo curto. Quando o
novato bonitinho do colégio preferiu a mim. O desconhecido que disse “No fim,
tudo dá certo”. Quando resolvi entregar nas mãos dEle. Casa que cresci. Copa de
2002. Vestibular. Primeiro trabalho pago. Entrevistas. Loja fechada. Avião. (ad infinitum)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Você.</div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-51760662309221945302013-04-09T00:45:00.000-03:002013-04-09T00:45:05.782-03:00Regador de travesseiro e flor<div style="text-align: justify;">
A urgência deu lugar à negligência, deixando a luz amarela da segunda-feira entrar - e a persiana no chão. Azul; incapaz de exercer sua função de racionar nossa luz. Sem exercer a função para a qual foi designada, perde o sentido. Reconheço que esse destino não é só das persianas. Desatino.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer flor precisa de água e luz. A luz da janela, amarelinha, na parede, quase tocando o ninho. Os pingos, do regador, caem em síncope - que, geralmente, nos faz dançar. Mas não dessa vez. Os pingos caem azul marinho. Se não visse de tão muito bem perto, diria que eram pingos pretos pretos pingos pingos pingos pingos pretos. Mas não. Eram azul marinho e azul marinho não é preto. Assim como pingos nem sempre são chuvas - prestatenção: mesmo que eles caiam em sua cabeça.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer flor precisa de água e luz. Por falta de água ela agora já não morre, mas de luz ainda tem fome. Não só da luz que vem das janelas do quarto sem persiana, entre outras tantas iguais por todos os lados. Mas daquelas, únicas, vizinhas do seu nariz, do é difícil que é o seu rosto.</div>
<div>
<br /></div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-30560691356230376152013-03-22T02:58:00.003-03:002013-03-22T02:58:54.035-03:00Aurora Boreal<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px;">Não há nada nessa vida que não caiba num haikai, numa foto ou num abraço.</span>Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-13899018628777444682013-03-04T15:25:00.000-03:002013-03-04T15:25:02.884-03:00Cabeça de reticências <!--[if gte mso 9]><xml>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na minha casa, sempre fomos muitos. De filhos, meus pais
tiveram três. 1990, 1991 e 1992. Eu, a última e única menina, sem privilégios,
sempre fui tratada por igual – o sonho de muitas feministas e o meu pesadelo. De
primos que se parecem irmãos mais velhos, tínhamos um casal.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Todos
os anos, exatamente na mesma época de nossas férias escolares, meus pais
participavam do ECC - “Encontro de Casais com Cristo”. Eram três dias que
passavam fora, voltando apenas à noite para dormir – para eles, alegria; para nossa
babá, pesadelo; para nós, diversão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As
coisas mais terríveis nós aprontávamos “coincidentemente” nessa época do ano.
Eram pernas e braços quebrados, queixos cortados e infinitos arranhões. Eu, que
sempre fui impressionantemente fisicamente flexível, me esquivava desses tipos
de lesões. Porém, nunca negava uma boa brincadeira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Num
desses dias, no quintal da nossa casa grande, com todos os irmãos e primos,
resolvemos brincar com uma velha caixa cheia de brinquedos. Como a infância faz
com gente grande, os brinquedos dos anos que deixávamos pra trás nos acertavam
e deixavam marcas – acompanhadas de sorrisos. Mas, como nem tudo são flores,
nem tudo ali era brinquedo – “se escondam que eu vou jogar”, gritou o primo
mais velho, mas não mais sensato, quando encontrou um pedaço quadrado de
madeira. Eu, apressadamente, me escondi atrás da outra caixa que estava no
final do quintal e esperei. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Porém,
o pedaço do que um dia foi árvore não me esperou. Parecia mágica, ilusão ou
mentira (porque milagre não poderia ser): a madeira, ao ser jogada, fez uma
curva e uma de suas pontas me acertou à cabeça. Desde criança, aparentando ser
forte, sem lágrimas nos olhos, disse “tudo bem” enquanto todos me olhavam com
olhos arregalados e tentavam me fazer crer que dali saía sangue. Ainda
incrédula, passei a mão no lado esquerdo na cabeça, olhei e a vi completamente ensanguentada.
Fez-se, então, o desespero de uma criança no auge dos seus cinco anos. Mais
rápida que ambulância, minha mãe chega em casa e me leva para fechar a cabeça.
Foram precisos três pontos, uma lágrima e um sorvete de baunilha. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De
lá pra cá, em nossas discussões, quando o sangue sobe à cabeça, a lágrima fica
prestes a sair dos olhos e o sorvete fica pra mais tarde, não param de usar o
argumento que tenho a cabeça fechada. </span></div>
<br />Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-41868065642451440062013-02-06T23:47:00.004-03:002013-02-06T23:47:56.499-03:00Cabeça-de-geloA insegurança bate<div>
Os pés fazem a denúncia</div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-35788725329220984052012-11-29T18:07:00.001-03:002012-11-29T18:07:58.792-03:00Bloco 13<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ft5dkWiAg4U/ULfONN4lgVI/AAAAAAAAAso/HG0lrLmbM_Q/s1600/29112012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ft5dkWiAg4U/ULfONN4lgVI/AAAAAAAAAso/HG0lrLmbM_Q/s320/29112012.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Coração no chão,</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>partido;</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>concreto.</b></div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-33303099389234891002012-11-26T12:43:00.002-03:002014-01-17T17:53:58.134-03:00ReceitaHá tempos que o Médico alerta, com letras legíveis (pasmem!):<br />
minha gente, o Amor é panacéia!Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-80907704985052455252012-08-06T09:02:00.000-03:002012-08-07T00:48:34.015-03:00Tino<div style="text-align: justify;">
Ele pulou rapida e decididamente de dentro do ônibus, mesmo sem conhecê-la. </div>
<div style="text-align: justify;">
Numa segunda-feira, às 7h da manhã, é difícil pensar no amor pela vida. Em doar-se.<br />
Como um lembrete, a cena: uma mulher na cadeira de rodas, o elevador do ônibus emperrado - impedindo que este tocasse o chão. Decidida, ela subiria mesmo assim. Sem abrir a boca para reclamar de algo ou sequer pedir ajuda.<br />
Mas tem fardos que são pesados demais para se carregar numa segunda-feira ou em qualquer outro dia da semana. Há quem saiba. Ele percebeu.<br />
O seu pulo, forte e insuficiente. Porém, suas mãos e braços, fortes e sutis, a trouxeram para cima.<br />
Sentou-se em sua cadeira; ela ocupou também o seu lugar - eu não ouvi, mas deve ter havido um "obrigada" no meio disso tudo. Talvez com o olhar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ambos desconhecidos, levaram meu pensamento muito além do "será que o próximo é o meu?".</div>Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-32232004828480916372012-07-02T22:35:00.001-03:002012-07-02T23:00:49.292-03:00Um pouco além do praxe<div style="text-align: justify;">
Deixei os versinhos um pouco de lado, porque à<span style="background-color: white;">s vezes eu preciso tentar falar muito falando muito. Até o momento em que eu perceber que estou me repetindo demais ou me perdendo nos sentidos - e talvez isso aconteça desde o comecinho até o fim. </span><span style="background-color: white;">Preciso falar pra ver se eu entendo. E, se eu entendo, pra ver se eu faço, ponho em prática, abro mão, corro atrás, sacrifico, me jogo e me seguro. Seguro em Você. Me jogo em mim. Pratico o que eu nunca fiz e faço o que eu não sei. Abro mão do que eu não tenho e corro atrás do que já está comigo. Sacrifico o que não me pertence e aquilo que já te dei - ainda que constantemente eu tente tomar de volta. Você segura forte em mim, não joga fora, me acompanha na corrida, providencia aquilo que irei sacrificar, não apenas abre a mão - a estende, me entende e ensina. Como quando meu irmão tentou me ensinar matemática e a aula terminou em choro meu, eu questiono o porquê das fórmulas. Na recuperação, resolvo prestar atenção aos detalhes do desenvolvimento da equação e percebo que o professor sempre foi bom - eu que não estava disposta a aprender. Ainda assim, o aprendizado nem sempre é suficientemente forte pra apagar os questionamentos sobre o surgimento do problema. Mas funciona perfeitamente como lembrete de que a resposta vem no final. Percebo que a fórmula é também solução. E, aí, entregando a prova nas mãos de quem me ensinou, antes mesmo de receber a nota, eu posso descansar daquela corrida.</span></div>Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-90546973229079282362012-07-02T22:07:00.001-03:002014-01-17T17:52:41.350-03:00Esboço<div style="text-align: justify;">
"A criatura procura seu criador". Li. Pensei. </div>
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Sobre aqueles casos em que familiares se reencontram anos depois do nascimento de um deles. O motivo pode ter sido um abandono, talvez. Porém, por mais perturbador e triste que seja, há casos em que tudo é esquecido depois do primeiro abraço. Com a vontade de recomeçar em uma mão e a certidão de nascimento para ser assinada na outra, os olhos fechados, a boca calada, o coração funcionando loucamente e o pensamento mais perto do que nunca (se fosse longe demais, correria o risco de lembrar que já foi triste), saem do abraço como quando é preciso levantar da cama cedo em um dia de chuva. Sem vontade alguma. </div>
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O ponto (ou as reticências) é que minha certidão está assinada, tenho abraços, colo, apoio e parentes até dizer chega. Conheço a minha história - apesar de sempre esquecê-la quando resolvo contar a alguém sobre as complicações que tive e o trabalho que dei antes mesmo de completar um ano. Mas sei dizer bem quem me segurou, aonde me levou e, principalmente, por quem fui curada. <span style="background-color: white;">É certo que, ao crescer, outras complicações me surgiram - essas, muitas vezes, provocadas por mim. Que só eu sabia. Era o que eu pensava, quando esquecia. </span></div>
Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-68899747392253478932012-06-20T14:18:00.000-03:002012-06-25T20:51:53.036-03:00Começa com T<div style="text-align: center;">
Recomendo: tenha um amigo que te faça chorar.</div>
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Mas só se for como o meu. Enquanto ele não está, também não parece se preocupar o tempo todo em preencher seu vazio aqui (que é grande e eu só noto quando o vejo). Mas, às vezes, tenho a impressão de que cochicham no ouvido dele e, daí, formam-se as palavras que lerei mais tarde. </div>
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- Não é que não possam ter saído da sua mente, mas é que são sempre tão certeiras que deve ter algo de mágico nisso! - </div>
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Apesar de eu nunca ter ouvido, acho que cochicham por aqui também. </div>
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<span style="background-color: white;">- Assim, sei exatamente quando procurar lê-las. -</span></div>
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<span style="background-color: white;">Provavelmente, não no meu ouvido..</span><span style="background-color: white;">. se assim fosse, eu saberia exatamente o que comentar (seja para parecer inteligente, compreensiva ou confusa). </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;">Mas eu quase nunca tenho o que escrever diante de seus escritos. </span></div>
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<span style="background-color: white;">Talvez o cochicho, aqui, seja no coração.</span></div>
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<span style="background-color: white;">Quando ele não está preparado.</span></div>Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3106557448421929412.post-71648060368172900572012-06-17T20:44:00.000-03:002012-06-18T20:32:45.110-03:00Sobre enganoPra quem não conhece som de tiro,<br />
cada estalo bebé é uma alma.Renata Mariahttp://www.blogger.com/profile/03249122379176610660noreply@blogger.com0