domingo, 30 de agosto de 2009

Percebi que tenho sorte e a tenho por ainda não ter ouvido certas expressões que possivelmente me colocariam numa pseudo zona de conforto. Enquanto essas palavras ainda não chegaram aos meus ouvidos, eu procuro senti-las. Porque, quase sempre, o sentimento ou a decisão de dizê-las vem antes delas em si - ao menos é assim que penso que tem de ser pra ser da melhor forma.
Contudo, não se pode esquecer: As palavras não são, nem de longe, completamente dispensáveis.

sábado, 29 de agosto de 2009

Já me questionaram sobre o que é arte, já li conceitos e até já ouvi que a fotografia não pode ser considerada um de seus tipos.
Depois de muito pensar, de muito ler e de muito ouvir, posso dizer que descarto, sem medo, todas as hipóteses que já me foram apresentadas. Proponho que o conceito de arte seja aquele que, em primeiro lugar, venha não a liberdade, porque essa não existe, mas o poder de serem manifestas todas as emoções. E que essas emoções não sejam necessariamente sutis ou singelas, que elas não precisem ser subjetivas ou que tenham somente um sentido (porque nunca existe só um, nunca mesmo. E não me digam pra não usar a palavra "nunca"!).
Digo mais: Todas as formas de arte deveriam ser "julgadas" por crianças, porque elas sim possuem a sinceridade e pureza que nenhum adulto, por mais sensível, sutil e verdadeiro que seja, consegue ter. E aí sim, a arte chegaria a todos e todos poderiam entender a arte, pois ela não precisaria ser entendida, apenas sentida. E todos sentem.
Não é porque o sentimento não é bonito que deixa de ser sentimento.
Eu peço mais, peço certezas e peço amor.
Eu peço surpresas, peço vida e crescimento interior.
Peço flores que não sejam rosas, cercas e jardins.
Peço rede, abraços e kiwi.
Peço letras, palavras e frases não feitas.
Festas, danças e sorrisos.
Peço sinceridade.
Sempre. Mesmo que o sempre não seja o presente.
Não queria estar no lugar de alguém que não está no lugar onde queria estar,
fico onde me é confortável, onde me faz bem e onde me faz ser. Onde posso ser o quê e quem eu quiser, mesmo que isso quase sempre acabe em elefantes azuis e clichês.

E quem disse que eles não existem? Quem disse que não é possível?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Chega a ser ironica a capacidade que se tem pra transparecer as coisas a quem não quer parar pra vê-las. A história se repete, na maioria das vezes, mudando um ou três fatos, porém esses são aqueles tão pequenos que, se fossem comparados aos fatos de um filme, seriam aquele vaso em cima do criado-mudo, a cor do tapete e a quantidade de almofadas que tinha na sala, que quase ninguém prestou atenção. Seria hiprocrisia dizer que já não tratei desse assunto do mesmo jeito, guardando o melhor pra mim e soltando-o apenas quando eu sentisse que devia. Hoje já não mais existe isso, não vale a pena. Solto quase tudo, apenas algumas coisas ficam presas - por não sentir que devam ser soltas. Mas hão de ser. Sempre são. Na maioria das vezes, de forma mais rápida, como retribuição. Talvez, agora, deva se demorar e ser como ponto de partida, dádiva, ou seja lá como você quiser chamar um "eu te amo".