terça-feira, 6 de setembro de 2011

Bandeira

Não descobri isso sozinha, alguém que nem conheço veio me dizer: Eu tenho cores.  
Desde então, me agrada muito pensar que certas cores são minhas. Penso também que não se trata de cor da pele, já que eu sou bege e ninguém pode negar.
E não me pertencem por eu tê-las criado, fazendo uma mistura com várias cores já existentes ou algum processo menos óbvio que eu até desconheço. De alguma forma são minhas, mas não posso, não vou e não quero ter exclusividade sobre elas. Essas cores, descobri, são as que meus olhos perseguem e, sempre que possível, captura. Quando isso acontece, mostro ao mundo (ou só a quem quiser ver mesmo). Quero mais é que sejam vistas, que toquem as pessoas de qualquer forma e as comovam - palavra que um amigo querido usaria. Que elas sejam, estejam e existam(!) junto com as cores de cada pessoa que passa por mim.
Que às vezes fica, que às vezes vai.
Mas que sempre vem.