Deixei os versinhos um pouco de lado, porque às vezes eu preciso tentar falar muito falando muito. Até o momento em que eu perceber que estou me repetindo demais ou me perdendo nos sentidos - e talvez isso aconteça desde o comecinho até o fim. Preciso falar pra ver se eu entendo. E, se eu entendo, pra ver se eu faço, ponho em prática, abro mão, corro atrás, sacrifico, me jogo e me seguro. Seguro em Você. Me jogo em mim. Pratico o que eu nunca fiz e faço o que eu não sei. Abro mão do que eu não tenho e corro atrás do que já está comigo. Sacrifico o que não me pertence e aquilo que já te dei - ainda que constantemente eu tente tomar de volta. Você segura forte em mim, não joga fora, me acompanha na corrida, providencia aquilo que irei sacrificar, não apenas abre a mão - a estende, me entende e ensina. Como quando meu irmão tentou me ensinar matemática e a aula terminou em choro meu, eu questiono o porquê das fórmulas. Na recuperação, resolvo prestar atenção aos detalhes do desenvolvimento da equação e percebo que o professor sempre foi bom - eu que não estava disposta a aprender. Ainda assim, o aprendizado nem sempre é suficientemente forte pra apagar os questionamentos sobre o surgimento do problema. Mas funciona perfeitamente como lembrete de que a resposta vem no final. Percebo que a fórmula é também solução. E, aí, entregando a prova nas mãos de quem me ensinou, antes mesmo de receber a nota, eu posso descansar daquela corrida.
3 comentários:
Bom mesmo é quando a gente se lê nas linhas do outro. Obrigada. (:
Muitos professores didáticos e dinâmicos estão em greve (de si mesmo) por se sentirem desvalorizados.
Por vezes culpa da didática, por vezes a culpa do aluno... e outras culpas podem ser dadas a tantas outras coisas. Mas no fundo (bem fundo) cada um, seja orientador ou orientado, culpa sempre a si mesmo.
Mas enfim, passou na matéria? =]
Nessa matéria, tenho prova todo dia. A nota só virá depois. =)
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